quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Presidente eleita anuncia ações de inclusão digital e plano de previdência para produtores
Inclusão digital de 500 mil produtores rurais, criação de um plano de previdência complementar e difusão de projetos de empreendedorismo no meio rural. Estas são algumas das ações anunciadas, ontem (12), pela presidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, que serão desenvolvidas nos próximos três anos, durante o mandato da nova Diretoria. Em entrevista coletiva, informou que estas ações serão realizadas junto às Federações de Agricultura, Administrações Regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e sindicatos rurais, com o objetivo de atender o universo de produtores representados pelo Sistema CNA. Segundo a senadora, do total de produtores representados pela entidade, 56,4% são de pequeno porte, com propriedades de até quatro módulos fiscais.
O projeto de inclusão digital dos produtores rurais prevê a disponibilização de informações em tempo real por meio virtual. Segundo Kátia Abreu, a entidade buscará parcerias com os setores públicos e privados para disponibilizar computadores aos sindicatos rurais, além da aquisição de microônibus, que funcionarão como salas móveis, para promover treinamentos em informática para os produtores. A presidente eleita informou, ainda, que negociará com o Banco do Brasil a criação de linhas de financiamento a juros baixos para a aquisição de lap tops (computadores portáveis) por agricultores e pecuaristas. “Não queremos que os produtores tenham apenas acesso a notícias. Eles também terão acesso às leis relacionadas ao setor agropecuário e a instrumentos de tecnologia. Será um canal do produtor”, enfatizou.
Quanto ao plano de previdência privada para os produtores rurais, Kátia Abreu afirmou que o projeto será feito em parceria com algum banco administrador com experiência no assunto. “O produtor não conta, hoje, com uma aposentadoria”, justificou a senadora. Ela também citou como iniciativa da sua administração a intensificação de projetos de empreendedorismo, com a finalidade orientar produtores rurais a trabalhar como empresários, aprendendo a calcular seus custos de produção. “Queremos que o produtor saiba seu custo efetivo, os custos com depreciação de patrimônio, seu capital de giro, para que se planeje como empresário urbano”, disse.
Fonte: Agência CNA
Em tempo:
A senadora Kátia Abreu foi eleita a nova presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta quarta-feira, dia 12 de novembro, pelo Conselho de Representantes da entidade. Titular da chapa única registrada, a senadora concorreu num colégio eleitoral integrado pelos 27 presidentes das Federações estaduais de agricultura, juntamente com a nova Diretoria, que comandará a CNA pelo triênio 2008-2011. No total, obteve 26 votos favoráveis contra um em branco.
Primeira mulher a comandar a CNA, foi também a primeira a presidir uma Federação estadual de agricultura e um sindicato rural. Formada em psicologia, Kátia Abreu assumiu o trabalho no campo em 1987, quando ficou viúva e assumiu a Fazenda Aliança, no antigo norte goiano, atualmente Aliança do Tocantins. Seis anos depois, ganhou destaque entre os produtores da região ao implementar tecnologias de inseminação artificial no Tocantins.
Como conseqüência do sucesso na atividade, foi convidada a se candidatar à presidência do Sindicato Rural de Gurupi. Eleita, sua gestão ficou marcada pela modernização do sindicato, pela união dos pecuaristas e agricultores e por projetos sociais que levaram cidadania ao povo do campo, como o Projeto Sindicato no Campo. Nesta época, a exposição agropecuária de Gurupi chegou a ser a maior do Brasil em volume de negócios em leilões. Kátia Abreu trouxe para os leilões os pequenos produtores, que passaram a comercializar pequenos lotes de seus rebanhos. Dois anos depois, Kátia recebeu novo convite, para candidatar-se à presidência da Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (FAET).
Eleita a primeira mulher a ocupar a presidência de uma Federação da Agricultura no Brasil, iniciou projeto de valorização, arrecadação e modernização dos sindicatos rurais no Estado, implantando o Projeto Cidadão Rural. À frente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Kátia capacitou mais de 38 mil trabalhadores rurais. Em 2005, elegeu-se Vice-Presidente de Secretaria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cargo que ocupa atualmente.
Nova Diretoria - Compõem a nova Diretoria do triênio 2008-2011, Ágide Meneguette (PR) como 1º vice-presidente; Fábio de Salles Meirelles Filho (MG) como Vice-Presidente Executivo; Pio Guerra Júnior (PE) como Vice-Presidente de Secretaria; e Ademar Silva Júnior (MS) como Vice-Presidente de Finanças. Os membros efetivos do Conselho Fiscal são Carlos Fernandes Xavier (PA), Roberto Simões (MG) e Eurípedes Ferreira Lins (AM), tendo como suplentes Álvaro Arthur Lopes de Almeida (AL), José Zeferino Pedrozo (SC) e Eduardo Silveira Sobral (SE). O mandato da atual Diretoria, presidida por Fábio de Salles Meirelles (SP), termina no dia 12 de dezembro deste ano.
Fonte: Comunicação CNA
“AVALIAÇÃO GENÔMICA ESTÁ AQUI !!! “
Por Kátya Castro – Zootecnista, responsável pelo GMS da ABS PECPLAN, baseado em artigo publicado na Revista “Canadian Jersey Breeder”-Ryan Barret Jun/Jul2008
O tema “Genoma” é a grande „coqueluche‟ da Engenharia genética no momento e tem sido noticiado em todas as mídias internacionais como um grande avanço na Avaliação Genética Bovina. O título acima foram as exatas palavras usadas por Brian Van Doormaal, Gerente Geral da “Canadian Dairy Network” – CDN, órgão oficial que congrega o Sumário de todas as Raças Leiteiras do Canadá, em sua apresentação feita no fórum “GEB Open Forum” , realizado em Guelph , 06 de Maio/2008.
E para melhor compreensão sobre este assunto se faz necessário antes esclarecermos certos termos mais técnicos: “Avaliação Genômica” diz respeito à predição do mérito genético e da performance real (fenótipo) de um animal através da análise de seu DNA (Ácido Desoxirribonucléico), ou ainda, é a seqüência de DNA completa formada por um conjunto de Pares de Cromossomos, e estes são formados por Genes que juntos determinam as Características de Produção e de Tipo, avaliadas no Gado de Leite. Há 30 pares de Cromossomos no Gado de leite, e as combinações possíveis destes pares são inúmeras, assim expressas: 2³⁰ = 1.073.741.800 combinações – por isso, mesmo irmãos inteiros podem ser diferentes.
O processo ocorre pela análise da presença ou ausência de “marcadores” no DNA.
Atualmente são utilizados 12 marcadores de DNA na verificação do parentesco. Através do uso destes marcadores genéticos, podemos identificar com alto grau de Confiabilidade quem são os Pais de um dado animal, em uma lista de opções. Na seleção genômica, até 50.000 marcadores chamados „SNPs‟ foram identificados no DNA de Gado Leiteiro. Estes marcadores são ferramentas muito poderosas, uma vez que podemos utilizá-las para quantificar o mérito genético total de animais individuais. Um estudo mais recente reuniu os esforços de diversos órgãos governamentais dos Estados Unidos & Canadá, tais como, “Agriculture & Agri-Food Canada, Universidades de Guelph e de Alberta, USDA e sete empresas de Inseminação Artificial da América do Norte.
Em princípio efetivamente os efeitos da introdução dos dados da avaliação genômica seriam benéficos tanto na Avaliação de Touros jovens em teste, provados, como de vacas, acelerando o processo como um todo, aumentando a Confiabilidade sobre a “atual” PA – Parent Average (Média dos Pais) de um touro, normalmente de 35% a 40%, podendo com sua introdução chegar de 50% a 60% Confiabilidade.
Touros jovens poderão ser selecionados com maior eficiência e rapidez desde o nascimento, ao invés de ter apenas como base o mérito genético de seus Pais. O impacto sobre a Confiabilidade em Produção e Tipo dos touros já provados será mínimo, mas será significante nas características de manejo, muito influenciadas pelo meio e que requerem mais informação para elevar sua Confiabilidade.
Esforços estão sendo concentrados para que mais e mais animais sejam genotipados e possivelmente ao longo de 2009 EBV Genômicos sejam conhecidos. A AJCA-Associação Jersey EUA está envolvida com o USDA, num projeto de pesquisa sobre I.A., onde mais de 750 touros Jersey já foram genotipados. As avaliações genéticas continuarão a ser expressas da mesma maneira, a única diferença será uma identificação nos touros que tiverem EBVs combinados Convencional e Genômicos.
No Canadá um grupo de Cientistas e parceiros da indústria estão preparando um plano de ação completo para ser apresentado ainda este ano, reunindo fundos do governo para formação de um Banco de Dados Nacional de DNA e definir estratégias de seleção genética para seu uso. Uma delas, já executado pela Holstein Canadá com sucesso, seria intensificar a coleta de “tecido” das orelhas já no momento da colocação dos brincos de identificação logo após o nascimento.
A meta seria ter para cada animal registrado, seu DNA coletado e arquivado em um Banco Central de DNA, podendo incluir a verificação de parentesco para animais potenciais que junto à avaliação genômica seriam utilizados para a identificação de Touros e Vacas com elevado Mérito Genético, com base em dados ainda mais sólidos direcionando a seleção de animais superiores com maior eficácia. Pelo volume e avanços tecnológicos, os custos com testes genômicos cairão (hoje ao redor de $ 300,00/Animal), e mais e mais animais poderão ser testados.
Realmente, avaliação genômica está aqui! Não há nada o que temer ou superestimar, mas, a integração da informação genômica à avaliação genética deverá ser a melhor ferramenta para identificar o valor de criação real em Gado Leiteiro, e o melhoramento genético.
domingo, 9 de novembro de 2008
Setor propõe medidas para sustentar preços do leite
Redução do PIS/Pasep sobre insumos essenciais como ração, sal mineral, tanques de resfriamento de leite e ordenha mecânica, aumentar os recursos disponíveis para Empréstimo do Governo Federal (EGF) para o setor e o limite de recursos por empresa, além de Contratos Privados de Opção e Venda (Prop) para a indústria leiteira. Esses serão alguns dos mecanismos reivindicados ao governo pela cadeia produtiva do leite e discutidos pela Comissão de Agricultura da Câmara Federal.
As propostas vão ser apresentadas aos ministros da Fazenda e do Planejamento para tentar reverter a queda no preço do leite pago ao produtor, que hoje recebe em média cerca de R$ 0,60. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aposta na liberação de cerca de R$ 200 milhões por meio de leilões de Contratos Privados de Opção de Venda (Prop), instrumento que atende a quase todos os produtos do agronegócio, com exceção do leite.
Dos 30 bilhões de litros que o País deve produzir este ano, apenas um bilhão deve alcançar o mercado externo - quase metade segue para a Venezuela, "que só não compra mais leite brasileiro porque a indústria não tem como financiar a demanda deles", explica o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez. O Prop disponibilizaria recursos nas instituições financeiras para que estas pudessem financiar as indústrias exportadoras. Mas na opinião de Rubez, o problema do setor só seria solucionado com o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF). "Esses mecanismos vão favorecer toda a cadeia, não só a indústria exportadora", diz Rubez.
O diretor-presidente da Nestlé, Ivan Zurita, pontua que é necessário a realização de acordos bilaterais para fazer com que o excedente alcance o mercado externo.
- A matéria é de Gilmara Botelho, publicada na Gazeta Mercantil, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Tortuga também solicita isenção de PIS e COFINS em Brasília
A carta proposta foi entregue à Câmara Setorial de Carne Bovina e será encaminhada ao Mapa
A Tortuga preocupada com as constantes altas nos preços das matérias-primas e com os tributos que incidem sobre os insumos pecuários resolveu tomar a frente e cobrar soluções que possam reduzir os custos da produção animal no país.
Por este motivo foi representada por seu gerente de assuntos regulatórios, Marcos Sampaio Baruselli, em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, que aconteceu em 1º de outubro, em Brasília.
Baruselli, que apresentou uma carta solicitando a isenção do PIS (Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre os suplementos minerais usados na alimentação animal. Atualmente, é cobrada uma alíquota de 9,25% de PIS/Cofins sobre os insumos.
A reunião foi presidida pelo Presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, que após consultar os membros da câmara, aprovou a proposta. O pedido de isenção foi encaminhado para análise do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Se aprovada, contribuirá para a redução do custo de produção para o pecuarista.
Há a intenção do governo em reduzir a alíquota de 9,25% para 4,75%, o assunto em análise no Ministério da Fazenda. Para o mercado interno, a isenção de impostos no setor de carnes reduziria os preços e ampliaria acesso dos produtos a mais consumidores.
Fonte: http://www.tortuga.com.br/sala_imprensa_integra.asp?id=1229
As propostas vão ser apresentadas aos ministros da Fazenda e do Planejamento para tentar reverter a queda no preço do leite pago ao produtor, que hoje recebe em média cerca de R$ 0,60. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aposta na liberação de cerca de R$ 200 milhões por meio de leilões de Contratos Privados de Opção de Venda (Prop), instrumento que atende a quase todos os produtos do agronegócio, com exceção do leite.
Dos 30 bilhões de litros que o País deve produzir este ano, apenas um bilhão deve alcançar o mercado externo - quase metade segue para a Venezuela, "que só não compra mais leite brasileiro porque a indústria não tem como financiar a demanda deles", explica o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez. O Prop disponibilizaria recursos nas instituições financeiras para que estas pudessem financiar as indústrias exportadoras. Mas na opinião de Rubez, o problema do setor só seria solucionado com o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF). "Esses mecanismos vão favorecer toda a cadeia, não só a indústria exportadora", diz Rubez.
O diretor-presidente da Nestlé, Ivan Zurita, pontua que é necessário a realização de acordos bilaterais para fazer com que o excedente alcance o mercado externo.
- A matéria é de Gilmara Botelho, publicada na Gazeta Mercantil, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Tortuga também solicita isenção de PIS e COFINS em Brasília
A carta proposta foi entregue à Câmara Setorial de Carne Bovina e será encaminhada ao Mapa
A Tortuga preocupada com as constantes altas nos preços das matérias-primas e com os tributos que incidem sobre os insumos pecuários resolveu tomar a frente e cobrar soluções que possam reduzir os custos da produção animal no país.
Por este motivo foi representada por seu gerente de assuntos regulatórios, Marcos Sampaio Baruselli, em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, que aconteceu em 1º de outubro, em Brasília.
Baruselli, que apresentou uma carta solicitando a isenção do PIS (Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre os suplementos minerais usados na alimentação animal. Atualmente, é cobrada uma alíquota de 9,25% de PIS/Cofins sobre os insumos.
A reunião foi presidida pelo Presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Guedes, que após consultar os membros da câmara, aprovou a proposta. O pedido de isenção foi encaminhado para análise do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Se aprovada, contribuirá para a redução do custo de produção para o pecuarista.
Há a intenção do governo em reduzir a alíquota de 9,25% para 4,75%, o assunto em análise no Ministério da Fazenda. Para o mercado interno, a isenção de impostos no setor de carnes reduziria os preços e ampliaria acesso dos produtos a mais consumidores.
Fonte: http://www.tortuga.com.br/sala_imprensa_integra.asp?id=1229
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